Em abril deste ano, a Companhia de Saneamento do Pará, iniciou um planejamento para a limpeza regular do lago Bolonha, que fica dentro do Parque Estadual do Utinga, (PEUt). O lago Bolonha possui uma área de 577.127 metros quadrados e tem um volume de 1.954.000 metros cúbicos. A limpeza entra na fase final com 95,5% do contrato executado. O serviço influencia diretamente na qualidade da água, melhorando o oxigênio dissolvido e o seu fluxo para a captação de água bruta.
Segundo Fernando José Costa Martins, assessor técnico da presidência da Cosanpa e responsável pela ação de limpeza, o processo de retirada começa com os trabalhadores na água. “Eles agrupam as plantas através de contenções feitas com cabos de aço e boias flutuantes, depois separam em grandes lotes. Esses lotes são cortados como ilha flutuante e levados para próximo da margem para serem retirados por uma escavadeira especial ou por sucção. Esse material é colocado em um local destinado ao escoamento da água que retorna para o lago, bem como pequenos animais que vêm junto, como peixes, cobras e rãs”. Até agora foram retirados do lago 215.000 m2 de um total previsto de 225.000 m2.
As plantas retiradas são chamadas macrófitas, que são plantas aquáticas que podem ser vistas a olho nu. A retirada de uma parte é fundamental já que, com o crescimento controlado, elas atuam como um mecanismo de limpeza natural da água, consumindo os poluentes e nutrientes dissolvidos nela. A retirada dessas plantas também é necessária para evitar a obstrução dos filtros e demais equipamentos durante o tratamento final da água, antes da distribuição à população.
Os dois lagos que o Parque abriga – o Bolonha e o Água Preta – são responsáveis pelo abastecimento de cerca 70% da população da RMB. São mais 1,5 milhões de pessoas que, diariamente, usam a água tratada oriunda do Parque.