Na última segunda-feira (04), a equipe do Prodesan Pará (Programa de Desenvolvimento de Saneamento do Pará) realizou na sede da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), em Belém, a primeira reunião que dá início às atividades do projeto ao receber integrantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para apresentar a estrutura da Unidade de Gestão do Prodesan. Serão três dias de encontros para alinhar os pontos do projeto e apresentar os avanços até agora. Além disso, é o momento para que o BID impulsione o projeto de acordo com as diretrizes do Banco.
Durante a reunião, a equipe do Prodesan Pará abordou pontos importantes sobre planejamento e monitoramento socio ambiental, recursos financeiros e administrativos.
“O projeto prevê a implantação de novas adutoras, estações de tratamento de água, estações de desferrização, redes de coleta e estações de tratamento de esgoto, além de reconstrução e ampliação de sistemas isolados na zona de expansão e controle de perdas”, explicou o presidente da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), José Fernando Gomes Júnior.
“A Cosanpa está recebendo a equipe técnica do BID e a gente está revisando os instrumentos do planejamento, alinhando todas as atividades. A ideia é realmente, como o nome diz, deslanchar. Que a partir dessas atividades a gente consiga fechar todos esses instrumentos e impulsionar as atividades para que a gente consiga começar a licitar, realizar obras e a partir daí mudar a vida das pessoas implementando o saneamento básico na grande Belém”, reforçou Moisés Wanghon, coordenador geral do Prodesan Pará.
Para o chefe da missão do BID, Tiago Pena, “depois desse processo longo de preparação, aprovação e assinatura do contrato de empréstimo, que envolveu diversas instâncias do BID, do Estado e do governo federal, o contrato foi assinado e o projeto está elegível para receber recursos. Agora, vamos começar a execução e, para isso, são revisadas todas as estratégias, procedimentos e políticas do Banco, visando dar todas as condições possíveis para o programa arrancar e acelerar”.
Em cinco anos, prazo para a execução do projeto, pretende-se ter implementado 120 quilômetros de rede coletora de esgoto, a adesão de, no mínimo, 50 mil pessoas interligadas em nova rede coletora de esgoto, moradoras de bairros como Guanabara, Águas Lindas, Aurá e Curió-Utinga, e a implementação de, no mínimo, 50 pontos de monitoramento e análise de água nos sistemas de distribuição na Zona Central. O programa inclui também a elaboração e implantação de um Plano de Inovação e Transformação Digital, além de uma política de gênero no âmbito interno e externo da Cosanpa.
“Quando a gente fala de perspectiva de gênero é principalmente observar as diferenças em que nós, mulheres, estamos contextualizadas socialmente. Sendo uma necessidade observada pela atual gestão, é uma premissa da atuação do BID, hoje a gente inicia o processo de implementação dessa política de gênero para que possamos fortalecer o papel das mulheres internamente, mas também que a gente possa alcançar esse público que se identifica como mulheres para que elas possam compreender e, por meio da educação, da capacitação e de uma mudança de paradigma social, alcançar outros lugares, ressaltou Fabíola Costa, subcoordenadora de Fortalecimento Institucional, Gênero e Comunicação.
O Prodesan tem dois marcos importantes para se destacar: o marco territorial, visto que o Programa vai reforçar o abastecimento em Belém, Ananindeua e Marituba, melhorando a qualidade de vida de mais de 1 milhão de pessoas com acesso à água de qualidade e serviços de esgotamento sanitário. E o marco legal, que intensifica o compromisso da gestão com responsabilidade legal e social.
“A equipe da Cosanpa está de parabéns, todos muito comprometidos e envolvidos com o programa. Eu acho que tem tudo pra acelerar e ser um caso de sucesso, para logo podermos preparar o próximo. Esse é o nosso desejo”, finalizou o chefe da missão, Tiago Pena.
A missão de arranque ocorrerá ainda nesta terça (05) e quarta-feira (06) com duas frentes de trabalho: as reuniões e visitas aos locais, que devem receber os investimentos no período de 5 anos, o prazo para cumprir todas as etapas do Projeto.